sexta-feira, 14 de março de 2008

atualidades: MÉDICOS CATÓLICOS PREPARAM DOCUMENTO SOBRE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

BARCELONA, quinta-feira, 13 de março de 2008 (ZENIT.org ).- A Federação Internacional de Médicos Católicos (FIAMC) está preparando um documento sobre o uso de métodos anticoncepcionais que será difundido em breve, provavelmente em Roma, por ocasião do quadragésimo aniversário da encíclica «Humanae Vitae», de Paulo VI.

O atual presidente de FIAMC, o doutor espanhol José Maria Simón Castellví, explicou a Zenit que «o documento está dirigido aos médicos, católicos ou não, que compartilham os princípios éticos e antropológicos da cultura da vida».

«Somos conscientes, como profissionais, da dificuldade de promover esta doutrina, e depois de quarenta anos aceitamos o desafio», reconhece.

«O tema do documento é a anticoncepção e a regulação da natalidade, porque não esquecemos que os meios aceitos pela Igreja, chamados “naturais” porque respeitam os ciclos naturais da mulher, não só servem para dar espaços entre os nascimentos mas também para buscá-los».

«A encíclica, portanto, não deve ser vista desde o ponto de vista exclusivamente negativo, como rechaço à anticoncepção», declara.

O doutor afirma que existem três tipos de pílula: a Ru-486, a do dia seguinte e a anticoncepcional.

«Sobre a primeira o juízo está claro, trata-se de uma combinação produzida para provocar uma morte, e nem sequer merece o nome de medicamento. A pílula do dia seguinte é um fármaco que, em 70% das vezes em que atua, o faz para eliminar um óvulo humano fecundado, e portanto é também abortiva. A pílula anticoncepcional tem outra avaliação porque não produz a morte do embrião. A avaliação não é positiva, mas não tem a mesma gravidade moral que as anteriores», declara.

«Como médico devo dizer que nenhum dos três tipos de pílulas é inofensivo para o organismo feminino, ao contrário. A Ru-486 pode chegar a produzir a morte; a pílula do dia seguinte tem também muitos efeitos colaterais», informa.

Com respeito à pílula anticoncepcional, indica, «o que produz é uma alteração hormonal para evitar a ovulação, e isto no longo prazo pode estar associado a fenômenos de trombose, hipertensão ou depressão».

«De todas as formas, o juízo moral negativo não se remete aos efeitos secundários, porque se no dia de amanhã se desenvover uma pílula em que eles não existam, o juízo continuará sendo negativo».

«No documento que estamos preparando, e que estamos fazendo com muito carinho – conclui –, se enfrentam muitas destas questões, porque entendemos que a responsabilidade não recai só sobre nossos pastores: sem a opinião qualificada dos médicos católicos, a questão da defesa da vida ficaria um pouco paralisada».

Fonte: http://www.zenit.org/article-17864?l=portuguese

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